domingo, 3 de novembro de 2013

A impecável Golden Four Asics Brasília - 2013


Depois de superar o sedentarismo no ano de 2007, participar de corridas nos finais de semana em Brasília havia se tornado "pura paixão". Há um bom tempo, nossa capital possui um calendário de provas de fazer inveja. As corridas candangas, sejam elas: de aventura, cross, ou de rua, vão desde as pequenas distâncias de 5 Km ou 10 Km, até os 100 Km da Volta ao Lago.

No final de 2012, com a mudança para a cidade de Guaíra, município com população estimada de 32.000 moradores, localizado no oeste do Paraná, não foi possível manter aquela rotina das manhãs de sábado ou domingo.

Com saudade, recordei-me que os 21 Km da Golden 4 Asics, em 2012, havia sido a última prova em que participei no Distrito Federal. Acredito que o sucesso da Golden 4 Asics, deve-se à minuciosa organização e ao alto nível técnico dos corredores, sem deixar de mencionar, a proposta de ser a meia maratona mais rápida do circuito Brasileiro.



Os atributos da prova já começam pelo percurso, a altimetria da prova de Brasília colabora muito para que os corredores alcancem a sua melhor marca nos 21 Km. 

Com exceção de um trecho de subida leve, diga-se de passagem, muito chato, de aproximadamente 3 Kms, que fica no Eixo Rodoviário Sul, sentido centro, o restante da prova é sempre em descida, quando não, é totalmente plano.

Diante dessa perspectiva, no ano passado, acreditei que conseguiria terminar o percurso sub 01h e 30 min. Ledo engano!!! concluí os 21 Km em 01h 32 min. Bateu na trave por 2 minutos!!!


Golden Four Asics - Brasília 2012 - 01:32:39

Sem muita demora, logo busquei o responsável pelo insucesso. Coloquei a culpa nos dois saches de carboidrato, que esqueci de colocar nos bolsos da bermuda. Naquela ocasião, acreditava que: consumindo os veneninhos, aqueles 2 minutos a mais teriam sido pulverizados!!! (kkkkkkkk). Vai saber!!!



Hoje, depois de participar da 7ª Maratona Internacional de Foz do Iguaçu, em 29 de setembro de 2013, depois do período de 10 dias de total descanso, depois de alguns contratempos que me impediram de cumprir a planilha de treinos, em especial, a degustação de iguarias nordestinas na semana passada, no restaurante "Farofa d'Água", na cidade de Natal, Rio Grande do Norte, a meta ficou diametralmente oposta ao ano passado. Era óbvio e inegável que não daria para tirar leite de pedra, assim, fui com a cara e a coragem para tentar concluir sub 01h 40min!!!

É interessante como as coisas mudam de um ano para outro. Por falar em mudança, que tal retornar à rotina de rever os amigos corredores ou corredores amigos.

Sábado, 02 de novembro de 2013

O Centro de Convenções Brasil 21, que fica no Setor Hoteleiro Sul, foi o local escolhido pela Asics para a entrega dos kits. Ali, já foi possível rever uma legião de atletas que "correm por pura paixão".

Ao lado do amigo Raimundo Bentes, dei boas risadas quando recebi o kit de corrida. Nada demais, foi só o número que me chamou a atenção, veja a foto abaixo: um, sete, sete, um.



Logo que recebi a camiseta, corri para o setor de customização, no meio do caminho encontrei Arlete Menezes, atleta que em 2012, participou e concluiu a Comrades Marathon na África do Sul.

No que se refere à customização, esse ano a organização da Golden Four Asics, seguindo o lema da prova: "seu tempo diz quem você é", adotou a postura de estampar o tempo que os atletas pretendiam concluir a prova. Eu, que de bobo só tenho o andar, pedi para colocarem o tempo de 2012.

Assim que terminei a customização, encontrei Valdenir Feliz, que seguindo os meus passos, pediu para estampar o tempo do ano passado: 01h 26min. Muito esperto esse baixinho, não?

Ainda no sábado, ao conferir as últimas postagens dos "blogueiros corredores ou corredores blogueiros", encontrei o ensaio do Danilo Confessor, que na véspera da prova, anexou um vídeo motivacional da Asics, uma verdadeira pérola.

O título da postagem: "Vou me curvar com as mãos no joelho". No final do texto, ele arremata a narrativa com a seguinte frase:
Eu sei que amanhã vai doer. Mas, se for para me curvar, cansado e com as mãos nos joelhos, QUE SEJA APÓS A LINHA DE CHEGADA.
Danilo Confessor
 Domingo, 03 de novembro de 2013

Definitivamente, a Praça do Buriti amanheceu diferente, o cinza do asfalto foi invadido pelas cores vibrantes dos tênis, o verde das árvores, contrastava com as camisetas multicoloridas das assessorias esportivas, das equipes de corridas, dos atletas profissionais, dos abnegados corredores amadores. Enfim, era chegado o momento da largada da idolatrada Golden 4 Asics - Etapa Brasília.

Assim que cheguei à Praça do Buriti encontrei Manoel Mendes e Nelson Junior, dois Ultramaratonistas que dispensam comentários. Segui para o aquecimento, tentando encontrar os corredores de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.




Faltava pouco tempo para a largada, quando encontrei Rodrigo Augusto, que edita o blog "Corrida de Rua - MS", sem muita demora fomos ao encontro do André Bandera, outro guerreiro do pantanal.

Não deu tempo para muito conversa, pois o locutor da prova estava chamando os corredores para a largada. Pontualmente, às 07:00, sob a temperatura de 20º, foi realizada a largada da Elite "A", Elite "B" e Geral, uma vez que a Elite Feminina havia largado às 06:50 e os atletas AcD, um pouco antes, às 06:45.

Início de prova tudo é maravilhoso, no primeiro Km, o mestre Garmin, companheiro de longa jornada, me avisou: "você está forte demais, seu pace foi de 04:03, é melhor tirar o pé do acelerador".

Palavra de mestre é palavra de mestre, obedeci e na sequência, ainda no Eixo Monumental, rodei o Km 2 em 04:13 e o Km 3 em 04:12. Esse ritmo ainda era forte para quem carregava um sobrepeso proporcional a um saco de arroz de 5 Kg. Culpa das férias forçadas na cidade de Natal!!!

Ocorre que, tudo que é bom dura pouco, no Eixo Rodoviário Sul, reduzi para uma meta mais aceitável. Que tal correr no ritmo próximo a 04:30. Então tá então, do Km 4 ao Km 9, consegui imprimir um ritmo que dava para respirar, ou seja, 04:35 - 04:34 - 04:32 - 04:29 - 04:22 - 04:31.

Na verdade, eu me lembrei daquela subidinha chata que estava bem próxima, pois sabia que ela iria me detonar. Não deu outra, fiz um esforço maior para superar os Kms 10, 11 e 12. Era evidente que o pace cairia bastante. Só consegui 04:41 - 04:44 - 04:39.

Aqui passei por um situação pitoresca. No Km 12, havia um posto de hidratação com água e gatorade. Em regra, o copo de água vem lacrado e o copo de gatorade aberto. Quando tentei tomar o gatorade, quase engasguei, não pensei duas vezes, cuspi longe aquele líquido amarelo (kkkkk).

De imediato, lembrei-me do Guilherme Curado, meu futuro genro, que durante o casamento de um primo seu, na cidade de Uruana, Goiás, passou um mal bocado com um pedaço de churrasco. Vida longa parceiro, Juliane lhe aguarda!!!

Um pouco mais a frente, próximo ao Banco Central, fui alcançado pelos marcadores de ritmo. Eram dois atletas, trajando um colete verde limão, com a inscrição do ritmo de 04:30 e o tempo de prova 01h 35 min. O engraçado era que eles carregavam algumas bexigas cheias de ar. Enquanto corria, ficava imaginando o esforço daqueles camaradas para vencer o atrito do vento sobre as bexigas.

Resolvi acompanhá-los e a estratégia deu certo. Aquela subida chata havia ficado para trás e o ritmo de corrida voltou à meta possível de 04:30. Em sequência, corri os Kms 13, 14 e 15 nas seguintes marcas: 04:33 - 04:29 - 04:29.

Próximo à Catedral de Brasília, resolvi apertar o passo para testar se o pulmão ainda tinha uma reserva e, em mais uma oportunidade, me surpreendi, foi possível manter o ritmo de 04:24 e 04:24.

Na sequência, mantive o ritmo quando passei pela Praça dos 3 Poderes, os Kms 18 e 19 foram superados sob o pace de 04:27 e 04:26.


Agora faltavam os 10% finais da corrida. À nossa frente estava aquela descida salvadora, no sentido do Palácio do Jaburu, residência oficial do Vice Presidente da República e do Palácio da Alvorada, residência Oficial da Presidenta da República.


Amigos, não sei da onde consegui tirar energia, más esses 2 Kms finais foram em um ritmo próximo dos 2 primeiros Kms, ou seja, no ritmo de 04:20 e 04:21.





*** Tempo de Prova: 01:34:09 ***



Logo após concluir a prova, encontrei os canelas secas de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Essa garotada do pantanal pisa forte no asfalto. Valeu guerreiros!!!


André Bandera (0191) & Rodrigo Augusto (0190)
Já estava me dirigindo ao estacionamento, quando, por uma dessas coincidências da vida, encontrei o corredor blogueiro ou blogueiro corredor Danilo Confessor.

De imediato, solicitei uma foto para postar aqui no espaço do "Correr é Pura Paixão", uma vez que, minha corrida foi contaminada, no bom sentido, por aquele vídeo motivacional que ele postou na véspera da prova. Sucesso amigo!!!


Danilo Confessor (1681)
Segundo as informações da Asics, a etapa de Brasília reuniu 3.688 corredores, sendo considerada a maior edição, entre as três já realizadas na cidade.

O destaque do dia ficou por conta da quebra de recorde na elite feminina, com 1h11min28s, da queniana Jackline Juma Sakilu, que cravou o melhor tempo na história da Golden Four ASICS entre as mulheres.

segunda colocada foi Marizete Moreira dos Santos. Na sequência, Larissa Marcelle Moreira Quintão chegou em terceiro, seguida de perto pela também queniana Malakwen Jepkogei. Encerrando o pódio feminino, Adriana Luz cruzou a linha de chegada na quinta colocação.

No masculino, também deu Quênia. Jacob Kiprotich apertou no início para garantir a vitória, com 1h04min51s, em segundo lugar ficou Antonio Wilson de Sousa Lima, seguido de perto por José Roberto Pereira de Jesus. Em seguida, completaram o pódio masculino Domingos Nonato da Silva e Rafael Santos de Novais.

Ultra abraço e nos vemos pelo caminho!!!

Dionisio Silvestre